Entidades do setor de bebidas alcoólicas lançam carta aberta pela transparência e precisão, após sindicato cervejeiro divulgar informações incorretas que podem confundir o consumidor e o governo I Fonte: O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA, Brasil 11 de março de 2024 /PRNewswire/ — Uma narrativa bem construída pode fazer a verdade ser bem compreendida ou pode ajudar a espalhar um mito ou inverdade. Em recente publicação nas redes sociais, a maior entidade representativa do setor cervejeiro no Brasil, se utilizando da Semana de Conscientização sobre o Alcoolismo, promoveu alegações questionáveis que vêm sendo contestadas pelas entidades que assinam a carta. De acordo com ABBD e IBRAC “as informações divulgadas são imprecisas e prejudiciais à sociedade, e não reconhecem seu propósito de persuadir formuladores de políticas de que a cerveja é de alguma forma um produto mais saudável do que outras bebidas alcoólicas, e que, portanto, deveriam receber tratamento diferenciado, apesar de a cerveja ser, de longe, a bebida alcoólica mais consumida no Brasil”. Esse movimento de desinformação acontece em um momento determinante para todo o setor de bebidas alcoólicas: a regulamentação da reforma tributária e a definição da alíquota do imposto seletivo.

As entidades explicam que o efeito associado ao consumo de álcool não está relacionado com o fato de um produto ser fermentado ou destilado e, sim, com a quantidade de álcool puro que uma pessoa consome, bem como seu padrão de consumo. Isso foi comprovado por inúmeras revisões científicas, sistematicamente.

Na carta, ABBD e IBRAC discorrem sobre as narrativas utilizadas pela cerveja. Uma delas diz que “a grande quantidade de açúcar presente em bebidas destiladas faz com que essas sejam absorvidas mais rapidamente do que as fermentadas, como cerveja e vinho”. Quando, na realidade, o cenário é inverso: bebidas fermentadas, como a cerveja, tendem a possuir mais açúcar e carboidratos. No caso da cachaça, whisky, vodka e demais destilados, no processo de destilação, o açúcar não é transferido ao produto final. Essa narrativa gera curiosidade pois, além da imprecisão proposital, não há base científica para associar os níveis de açúcar à absorção do álcool como uma declaração factual.

Os autores da carta aberta também questionam um estudo citado na publicação, destacando que os cientistas envolvidos inclusive oferecem agradecimentos ao CISA – instituição que recebe financiamento das cervejarias.

Os fabricantes de cerveja no Brasil desfrutam de tratamento favorável em relação a impostos e marketing. Entre 2014 e 2018, a alíquota de IPI sobre cerveja diminuiu em 60% e agora é de menos de 4%, enquanto cachaça e destilados pagam entre 16,25% e 19,5%. Restrições de marketing, publicidade, locais de venda e patrocínio que se aplicam aos destilados e vinho não se aplicam à cerveja.

ABBD e IBRAC se aprofundam no ponto central para a defesa dos interesses das pessoas e da sociedade: “Compreender que ‘Álcool é Álcool' e que uma cerveja (350ml com teor alcoólico de 5%) equivale a um pequeno copo de vinho (150ml com teor de 12%), que equivale a uma medida de destilado (40ml com teor alcoólico de 40%), é empoderar o consumidor, pois permite às pessoas acompanharem e monitorarem seu consumo tanto em uma única sessão de consumo quanto de semana a semana.” A carta termina com um convite para que todo o setor de bebidas alcoólicas trabalhe em conjunto em prol da educação, da moderação e da transparência.

Leia a carta completa no link:

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FONTE IBRAC – Instituto Brasileiro da Cachaça

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